PROJECTOS RECENTES

 

Lisboa Oriental
Mapeamento em 2018

SelecçãoPaula Melâneo

Textos CG Carla Gonçalves, PM Paula Melâneo

 

Parque Ribeirinho Oriente, 2015-...f/c – Filipa Cardoso de Menezes e Catarina Assis PachecoPromotor: CML

 

Este parque de cerca de 8ha e orçamentado em 3,85 milhões de euros prevê uma extensão total de 1,3km, primeiro entre a Doca do Poço do Bispo e a zona da Matinha (38 950m²) e depois até à marina do Parque das Nações. O projecto do atelier de arquitectura paisagista f/c, que venceu o concurso de ideias há três anos, procura recriar a relação do rio com a cidade e inclui zonas ajardinadas, ciclovia, pista de manutenção, cafés com esplanada e também uma biblioteca. Para as infra-estruturas cobertas está prevista a conversão de contentores marítimos e são integradas preexistências, como pontões, alguns armazéns e o traçado da antiga linha férrea. A construção da primeira fase teve início em 2018 e o arranque da segunda está associado às operações urbanísticas do Plano de Pormenor da Matinha. A área desta segunda fase integra “uma extensa área desportiva informal, um núcleo de armazéns revitalizados e uma última área essencialmente lúdica e contemplativa, centrada num grande lago, no anfiteatro que se funde a montante com o Parque Interior da Matinha e num sistema de bancadas panorâmicas a implantar ao longo do molhe da marina do Parque das Nações”.

PM
 

 

© Risco
© Risco

 

Plano de Pormenor da Matinha (PPM), 2005-...Risco com NPKPlano de Pormenor: 2005-2011
Loteamento área a Norte do parque urbano: 2013-...
Promotor: CML

 

A Sul do Parque das Nações, entre a linha de caminho-
-de-ferro do Norte e o rio Tejo, a zona da Matinha foi um importante pólo industrial, servindo uma fábrica de gás (da qual se manterão algumas estruturas de gasómetros ainda existentes), espaços de armazéns e algumas habitações. Englobando uma área de intervenção de 31,7ha e área de construção de 328 000m², o PPM vem “garantir a continuidade da cidade com o rio”. Ao todo prevê 29 edifícios, onde sete terão entre 18 e 22 pisos. A área de 260 000m² dará origem a cerca de 2 000 apartamentos, em 25 prédios, acolhendo perto de 4 700 habitantes; outros 64 000m² serão destinados a comércio e serviços, 15 000m² para um hotel e ainda 3ha estão reservados para equipamentos, entre os quais a futura catedral de Lisboa localizada perto do Tejo. Este plano integra o Parque Ribeirinho, um espaço público que faz a articulação com o rio e a cidade. O desenho da implantação, a organização dos quarteirões e a volumetria proposta procuram maximizar as relações visuais com o rio.

PM
 

 

© Rita Burmester
© Rita Burmester

 

Terminal de Cruzeiros, 2018João Luís Carrilho da GraçaRua Rio Tejo

 

Vencedor de um concurso internacional lançado em 2010 pela Administração do Porto de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa, este edifício está implantado na base da encosta de Alfama, “dentro dos muros da antiga doca do Jardim do Tabaco entretanto aterrada”, e forma-se como um anfiteatro para a cidade e miradouro para o rio. A sua cobertura, em betão branco com cortiça e de ligeira tonalidade térrea, extravasa o edifício negro e inclina-se para receber os visitantes. Os espaços interiores são amplos e luminosos, com grandes vãos envidraçados nos topos e óculos zenitais. Acolhe um programa específico de recepção e embarque de passageiros (tratamento de bagagem, check-in, salas de espera, área comercial e cafetaria), zonas de estacionamento interior e exterior, e espaços mais flexíveis nos seus usos que permitam outras utilizações fora dos horários de actividade portuária. O edifício tem cerca de 13 800m², distribuídos por três pisos, o seu cais 1 490m², e capacidade para 800 mil passageiros por ano.

PM
 

 

© Paula Melâneo
© Paula Melâneo

 

Biblioteca Municipal de Marvila, 2016Raúl Hestnes FerreiraRua António Gedeão

 

Este foi o último projecto do arquitecto, falecido em 2018, e durou cerca de vinte anos, sofrendo diversas alterações até à sua realização. Implantada junto à escola básica e rodeada de bairros sociais, representa à data a maior biblioteca municipal de Lisboa, num investimento de quase quatro milhões de euros. Implicou a recuperação da antiga Quinta das Fontes (onde encontramos traços de um lagar de azeite preexistente) e a construção de um novo edifício de 2 600m² em betão aparente e algumas superfícies forradas a azulejo e pedra. Este equipamento tem um auditório com capacidade para 200 pessoas, espaços de leitura e de trabalho, zonas lúdicas para bebés e crianças, uma cafetaria, uma cozinha equipada acessível à população e um espaço de homenagem ao escritor José Gomes Ferreira, pai do arquitecto.

PM
 

 

© Paula Melâneo
© Paula Melâneo

 

Ar.Co, 2017João Santa-RitaRua Gualdim Pais

 

A recuperação do antigo Mercado Municipal de Xabregas faz parte da estratégia municipal para a regeneração e requalificação da zona oriental da cidade. O conjunto de três edifícios de carácter modernista, construídos em 1956, tornou-se na nova sede do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, um espaço dedicado à formação artística com áreas de trabalho, de exposição, apresentações e cafetaria. A intervenção é discreta e procurou recuperar as características originais dos edifícios, trazendo, no entanto, traços de contemporaneidade para uma nova identidade do conjunto. São disso exemplos os vãos sobre a rua, agora fechados e cobertos a pastilha de vidro preta, ou a rampa de betão com guardas em malha de aço, desenhada para dar acesso ao novo portal de entrada da grande sala polivalente. Esta reconversão resulta de um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a instituição, no âmbito da cedência do espaço, e contou com o apoio da CML, do Estado português e de mecenas privados para a sua realização.

PM
 

 

© João Carlos dos Santos
© João Carlos dos Santos

 

Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), 2018João Carlos dos SantosRua da Manutenção 1-7 e Rua de Xabregas 37

 

Um conjunto de armazéns de 1 800m² da antiga Fábrica do Tabaco (início do século XX) foi alugado à Direção-Geral do Património Cultural pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças para instalação da sede do CNANS. No projecto de remodelação, assinado pelo subdirector-geral da DGPC, optou-se por preservar as características da preexistência. Em geral, mantém-se a estrutura original mista de alvenaria de pedra e madeira e a intervenção é marcada por paredes de alvenaria de aparelho à vista, pelo pavimento em betão pintado a tinta epóxi e por um novo volume de estrutura metálica revestido a placas de compósito de partículas de madeira e cimento, que ocupa a nave central de um dos armazéns, permitindo a criação de um mezanino e ampliando a área utilizável. Criaram-se áreas programáticas específicas, como o laboratório de preservação do acervo, espaço de reserva, centro de documentação, áreas de exposições e conferências e a entrada principal e a recepção têm lugar através de um pequeno pátio na rua da Manutenção.

PM
 

 

© 1825 Studio
© 1825 Studio

 

Hub Criativo do Beato (HCB)Rua da Manutenção 118

 

No antigo convento das Grilas (século XVII), o Exército encontrou condições, em 1886, para a sua principal plataforma logística e industrial, a Manutenção Militar de Lisboa (MML) – um dos mais significativos exemplares da actividade industrial de géneros alimentares em Portugal. Em 2011, após um longo período de resiliência, a área de produção é encerrada e, cinco anos depois, são cedidos, por cinquenta anos à CML, 19 edifícios distribuídos por 35 000m², a Sul, permanecendo ocupada pelos militares a ala norte de 55 000m². Em processo de transformação para receber novas funções programáticas, a área concessionada é hoje responsabilidade da Startup Lisboa, ganhando o nome de HCB, e obedece às directrizes da CML que têm por objectivo fixar e tirar partido das dinâmicas geradas pela Web Summit e se enquadram na estratégia urbana de crescimento, regeneração e reabilitação daquela fracção da cidade. Paralelamente ao levantamento de infra-estruturas e património, foi acautelada a utilização temporária de algumas das estruturas neste período transitório de desenvolvimento dos projectos e início das empreitadas. A antiga fábrica de bolachas e massas (final de 1960; 1974, conclusão com a construção dos silos) e a tipografia num total de 12 000m² está já em desmantelamento, com vista a receber a Factory – unidades de escritórios para startups e empresas de tecnologia – e, em Setembro 2018, terá início a empreitada na antiga central eléctrica, que tem funcionado como espaço multiusos e é rosto do HCB. Em simultâneo seguem as diligências processuais para expandir o HCB à ala norte da MML, onde se encontram os equipamentos de apoio social e logístico da MML, incluindo uma creche, um teatro de 700 lugares, bem como terrenos agrícolas e campo de jogos a Norte da linha de caminho-de-ferro.

CG
© ESM + NGM
© ESM + NGM

 

Cervejaria Browers Beato, 2018–...Eduardo Souto de Moura e Nuno Graça Moura

 

A antiga central eléctrica (anos 1920, com alterações nos anos 1930) foi um dos primeiros edifícios onde se identificou a acção do novo ciclo de vida do conjunto. Após limpeza e implementação de infra-estruturas, ficou apta para receber uma programação temporária de dinamização e divulgação do programa do HCB, ou promovida por entidades externas. O projecto de utilização a longo prazo prevê implementar uma pequena indústria de produção de cerveja, restaurante, espaço de eventos formativos e lazer, funcionando como a grande sala do HCB. Para intervenção no edificado industrial do conjunto, os especialistas do património (DGPC) estabeleceram três princípios de actuação: a preservar no local; a preservar com possibilidade de ser retirado para espaço externo com o fim da preservação; sem relevância patrimonial. Estes princípios possibilitam salvaguardar o património histórico e a viabilidade financeira do projecto, estando à responsabilidade da EGEAC preservar a memória do espaço e do conjunto. A proposta coordenada por Souto de Moura, ainda em desenvolvimento, integra a preexistência da maquinaria e sistemas estruturais de apoio (a preservar no local). De forma pragmática, reposiciona a plataforma onde assentavam os quadros eléctricos da antiga central a diesel, libertando o espaço para receber um balcão corrido. Na traseira do balcão está a produção da cerveja e sala de provas, o restante programa é articulado ao longo da sua dianteira. O programa de serviços e áreas técnicas vem reactivar a galeria existente no piso -1. A proposta procura ainda dotar o espaço de condições térmicas e acústicas sem que estas interfiram com a linguagem do alçado ou revestimentos interiores.

CG
 

 

© RPBW
© RPBW

 

Prata Living Concept, 1999-...Renzo Piano RPBWPraceta Tabaqueira

 

Um projecto com vinte anos que, após um longo período de pausa, só em 2016 voltou a ver a sua construção prosseguir. São 9ha da antiga fábrica de armamento do Braço de Prata que foram completamente limpos para dar lugar a 12 edifícios inspirados no passado e no contexto próximo, de características industriais. Num terreno praticamente plano, os blocos repetem-se, com pequenas diferenças de comprimento em planta. Apresentam-se como uma reminiscência de um grande armazém industrial dividido longitudinalmente, dando origem a dois volumes salientes de cobertura inclinada, interior envidraçado e aberto à vista do Tejo com varandas e terraços, e uma zona ajardinada privativa entre eles. Um total de 128 500m², dos quais 60% é residencial (499 fogos) e o restante destinado a comércio e serviços. Do ponto de vista urbano, o arquitecto italiano refere procurar uma hierarquia viária que se relacione com a malha envolvente e que permita trazer uma vida “de bairro” a este novo território. Uma estrutura de implantação perpendicular ao rio maximiza as vistas e uma via de maior dimensão diagonal faz a distribuição viária à zona.

PM
 

 

© 1825 Studio
© 1825 Studio

 

Museu do Património Gastronómico Português, 2003-...Grazia RepettoRua da Tabaqueira

 

Exemplo da arquitectura industrial portuguesa em ferro, o edifício A Tabaqueira foi construído por iniciativa do industrial Alfredo da Silva, em 1927, e esteve ligado à importação e transformação de folhas de tabaco. Com planta centralizada de 4 500m² e um pátio interior, a fachada integra um painel de chapa e ferro fundido do pavilhão que a Empresa Industrial Portuguesa construiu para a Exposição Industrial de 1888, na avenida da Liberdade. Manteve-se em funcionamento até 1963 tendo depois servido à Fábrica do Material de Guerra do Braço de Prata. Adquirido pelos promotores do vizinho Prata, encontra-se hoje em elevado estado de degradação. De momento aguarda-se a aprovação da CML para afectar o edifício a um museu dedicado à gastronomia nacional, com uma vivência alargada de outros serviços. No projecto de Grazia Repetto, o museu co-existirá com uma ágora associada a espaços comerciais e de eventos e um jardim interior, aumentando a sua área construída mas mantendo as materialidades: a alvenaria em tijolo, o vidro e a estrutura em ferro.

PM
 

 

© 1825 Studio
© 1825 Studio

 

Casa e atelier, 2017Inês LoboCalçada do Duque de Lafões 76-80

 

Esta intervenção veio requalificar um lote composto por dois edifícios degradados, que originalmente se dedicariam a actividades industriais ou de manufactura e que mais recentemente foram ocupados pela companhia de teatro Palco Oriental. O projecto representa uma modificação espacial profunda e um interessante exercício de arquitectura, onde a área dos dois armazéns foi transformada em duas habitações e atelier, com espaços exteriores privados em pátios e terraços. O espaço de trabalho ocupa o piso térreo e a área habitacional formula-se sobre as naves deste espaço e numa mezzanine sob a cobertura de duas águas. A estrutura é reforçada para permitir essa mezzanine ao longo da cumeeira, expandindo a possibilidade de área útil. A cobertura de águas é também estendida nas suas extremidades, em plano, ampliando o espaço habitável na zona das salas dos fogos. O desenho das fachadas exteriores é mantido, fechando os vãos de um dos edifícios que, limpo da sua cobertura, se transforma agora num grande pátio interior, de recepção. As grandes vigas visíveis atravessam o espaço e as aberturas sobre os pátios interiores e terraços trazem um novo habitar a este anterior espaço industrial, de características mais encerradas.

PM
 

 

© Valter Vinagre
© Valter Vinagre

 

Cervejaria Musa, 2017Paulo MoreiraRua do Açúcar 83

 

Um armazém de 400m², com uma planta rectangular comum e telhado de duas águas, foi alvo de projecto para se transformar numa fábrica de cerveja artesanal e bar para a marca Musa. A intervenção é contida e cautelosa nos custos, uma vez que o espaço é apenas alugado e não propriedade do fabricante. Sob as grandes asnas de madeira de suporte do telhado de duas águas estão separadas – mas visíveis entre si – a zona de produção e a zona de consumo, através de um volume de blocos de cimento pintados, onde se integram serviços de apoio e instalações sanitárias. A abordagem procurou uma linguagem simplificada, ligada à artesania, com optimização e reutilização de materiais e objectos, colocando aparentes os tijolos das paredes, tal como os novos elementos de betão, ou usando os ferros de armadura no mobiliário.

PM
 

 

Dois Armazéns no edifício Beira RioAtelier JQTS – João Quintela Tim Simon Av. Infante D. Henrique

 

Frente ao rio Tejo, o edifício Beira Rio é composto por uma sequência de armazéns industriais onde parte deles, no piso superior, é acessível através de rampas. São idênticos na sua estrutura metálica corrente, com coberturas de duas águas sobre treliças metálicas, e na sua largura, mas de diferentes profundidades e áreas.

PM

 

Fracção P – Ulisseia, 2018

A ocupação deste armazém de 270m² tem um programa singular: alojamento temporário para grupos e lugar para eventos. A nova estrutura, fabricada em chapas de ferro escuras e imponentes, acomoda-se dentro do armazém preexistente. Quatro cilindros tangentes, abertos no topo, desenham o espaço: no seu interior, o vazio unifica-se criando uma zona comum para os ocupantes ou de serviço aos eventos, e o exterior do seu perímetro permite delinear as zonas de dormitório e copa de serviço comunitário, no espaço que os distancia das paredes contentoras do armazém. Formam-se assim oito celas de paredes brancas e tectos em ripado de madeira, que contêm camas e uma pequena instalação sanitária, acolhendo os visitantes a pernoitar.

 

© Diana Quintela
© Diana Quintela

 

Fracção S – Vertigo Climbing Center, 2014

Um pouco maior, com 400m², este armazém foi transformado num pavilhão desportivo dedicado à escalada. Recuperada a estrutura envolvente, o vazio recebe uma espécie de caixa que faz a mediação entre espaço interior e exterior e acolhe o café e a recepção ao público. É um volume oco, composto de paredes com uma base de blocos pré-fabricados em betão, sobrepostos por um jogo de ripas de madeira pintado de vermelho – permite semi-transparência entre espaços e pode também ser escalado.

 


 

Galerias e ateliers

 

Dadas as características espaciais dos edifícios disponíveis nestas zonas – áreas amplas e luminosidade controlada –, diversos armazéns têm sido ocupados por galerias de arte, estúdios de artistas e ateliers de arquitectura ao longo das últimas décadas. Têm trazido um novo diálogo com a área circundante, onde as galerias de arte se destacam pela dinamização de exposições e inaugurações abertas ao público. Curiosamente, a Rua Capitão Leitão tem a particularidade de juntar grande número destas ocupações.

 

© 1825 Studio
© 1825 Studio

 

Rua Capitão LeitãoGaleria Bruno Múrias [n.º 16]Capinha Lopes [n.º 46]Galeria Baginski [n.º 51–53]Galeria Francisco Fino [n.º 76]

Tomaz Hipólito / Helena Botelho Ateliers, galeria, residências artísticasRua Afonso Annes Penedo 52

 

Galeria UnderdogsRua Fernando Palha 56

 

PromontorioRua Fábrica de Material de Guerra 10

 

Joana AstolfiR. Pereira Henriques 24

 

Bregas Artistas João Pedro Vale e Nuno Alexandre FerreiraCalçada Dom Gastão 5A

 

Kunsthalle LissabonRua José Sobral Cid 9E

 

© Paula Melâneo
© Paula Melâneo

 

Galeria Filomena SoaresR. da Manutenção 80

 

Criada em 1999, esta galeria foi das primeiras a abrir portas na zona de Xabregas. Com uma intervenção simples de reabilitação, o espaço da galeria compõe-se de duas salas de paredes brancas e um espaço de terraço na cobertura, que somam cerca de 1 000m², permitindo acolher vários projectos artísticos ao mesmo tempo.

 


 

Espaços colectivos

 

A disponibilidade de grandes armazéns e fábricas em zonas industriais e portuárias de Lisboa levou à criação de espaços comerciais, sobretudo para uso de restaurantes e lojas, que foram sendo ocupados em diferentes zonas da capital. Mais recentemente, têm também sido explorados para espaços de trabalho partilhado, como é o caso da Lx Factory em Alcântara, onde um grande complexo apresenta uma pluralidade de usos. Este tipo de utilização chegou também à zona oriental, onde se fazem ocupações temporárias que representam reduzidos investimentos em obras e instalação de infra-estruturas. A lista de espaços partilhados, cowork, fablabs ou incubadoras para alugar é a cada dia mais vasta, trazendo uma vivência renovada a esta zona e potenciando a valorização do mercado imobiliário.

 

© 1825 Studio
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Rua Pereira HenriquesOne [n.º 1]Antigo armazéns ferroviáriosTodos [n.º 3]Armazéns ferroviáriosFábrica Moderna [n.º 24]Fablab colectivoCollectors Marvila [armazém 6]

HOODRua 3 da Matinha – Edifício Altejo, Armazém 101

 

© Paula Melâneo
© Paula Melâneo

 

Lisbon workhubParte dos antigos armazéns vinícolas Abel Pereira da Fonseca (projecto original de Norte Júnior, 1917)Rua Amorim 2

 

© Paula Melâneo
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PhosphoreiraParque empresarial na antiga Fábrica de FósforosRua do Açúcar 76