08/2018

Eco-visionários

Os factos e as revoluções necessárias

Por Paula Melâneo

Após Utopia/Distopia, o MAAT propõe uma segunda exposição-manifesto, Eco-Visionários: Arte, Arquitetura após o Antropoceno, para ver até 8 de Outubro.

Este projecto convoca mais de 35 autores de diferentes áreas, artistas e arquitectos a contribuir para a reflexão sobre o Antropoceno — expressão popularizada neste século para definir a possibilidade de uma nova época geológica, marcada pela acção humana no ambiente natural terrestre —, na contemporaneidade e no que se seguirá.

 

A influência do homem nos sistemas da Terra tem sido crescente, como agente activo — e nocivo — na mudança das condições naturais do nosso planeta: desde o avanço científico na compreensão e conhecimento dos fenómenos da Natureza e seu pretenso domínio, à exploração e esgotamento de recursos naturais, até à criação de lixos tóxicos, como os radioactivos de origem nuclear, que levam milhões de anos (atingindo períodos temporais próximos dos das próprias eras geológicas) para serem neutralizados.

 

A necessidade de pensar de modo crítico e criativo sobre estes problemas de escala global afigura-se ainda uma realidade adiada para o indivíduo, fazendo apenas parte da discussão objectiva de algumas comunidades, como activistas, ambientalistas, artísticas, científicas ou determinados círculos políticos. Apesar da informação estar disponível e os meios de comunicação darem a conhecer os factos, o público geral parece protelar a reflexão e actuação que deveria ser central e quotidiana nos dias de hoje.

As realidades sociais e a económicas tendem em direccionar o cidadão comum para preocupações de índole individual e necessidades pessoais, contrariando a própria condição de globalização da humanidade que o avanço tecnológico e a expansão de redes mundiais tem vindo a permitir, o que nos levaria a supor evidente a transversalidade da reflexão e a construção de acção conjunta.

 

Eco-Visionários levanta estas questões através de instalações e obras em diferentes suportes, como vídeo-arte, escultura ou fotografia, que ilustram 4 temáticas que reflectem a urgência dos temas tratados: Desastre; Coexistência; Extinção e Adaptação. As várias abordagens cruzam arte com tecnologia, com documentação concreta de factos reais ou com visões mais abstractas, distópicas ou utópicas. Entre o humor e a responsabilização, apelam a uma consciência ecológica que tarda em se efectivar.

 

 

Western Flag (Spindletop, Texas), 2017 — John Gerrard
Western Flag (Spindletop, Texas), 2017 — John Gerrard

 

 

Desastre sugere uma análise mais dramática. Aqui encontramos Western Flag, a simulação realista de John Gerrard que num vídeo em loop de 24 horas, de uma bandeira de fumo a ser produzida em continuidade, nos sugere que continuamos a consumir embora muitos dos recursos estejam já esgotados, como, neste caso, os dos solos das explorações de petróleo em Spindletop no Texas. O colectivo HeHe apresenta Prise en Charge, Catastrophes Domestiques nº2, onde aponta o dedo para o público: uma ficha eléctrica com aspecto comum deita uma baforada de fumo, mostrando como as exigências de conforto doméstico do mundo actual não são incólumes e têm também consequências ambientais.

Wasted Rita, na sua ironia de palavras, está presente com a instalação Dream Less Mess, onde uma cartomante faz a leitura de narrativas que possam trazer transformações ecológicas para o futuro.

 

 

Lithium Dreams, 2015-18 — Unknown Fields Division
Lithium Dreams, 2015-18 — Unknown Fields Division

 

 

Em Coexistência são observadas relações de “causa-efeito” e os seus padrões geográficos. A descaracterização local e a desestabilização dos territórios reflecte-se a nível global. Unknown Fields Division, com Lithium Dreams levantam a questão de até que ponto as ditas energias limpas e sustentáveis — como as baterias de lítio — são também impactantes no território e na cultura local onde se faz a extração das matérias primas. Diller Scofidio + Renfro (DS+R) estão aqui presente com EXIT, um mapeamento de migrações relacionadas com as alterações climáticas, mostrando como as deslocações de população podem originar situações de crise face à identidade e cultura indígenas.

 

 

win > < win, 2017 — Rimini Protokoll
win > < win, 2017 — Rimini Protokoll

 

 

Extinção sugere um novo ciclo de esgotamento, onde determinadas espécies desparecerão e outras vão sofrendo mutações, para granatir uma adaptação e uma continuidade. A peça central desta secção é win > < win de Rimini Protokoll, um colectivo que se dedica a instalações teatrais. Esta obra leva o visitante a participar de um discurso que coloca o ser humano em desvantagem a uma medusa, como ser de maior capacidade de sobrevivência nas condições ambientais adversas actuais e em degradação exponencial num futuro próximo. Eva Papamaragariti criou digitalmente Precarious Inhabitants, novos seres que poderão surgir adaptados às novas condições ambientais criadas pelo homem, mas a que ele próprio pode não sobreviver.

 

 

Vista da secção Adaptação no MAAT, com Designs for an Overpopulated Planet: Foragers de Dunne & Raby à esquerda
Vista da secção Adaptação no MAAT, com Designs for an Overpopulated Planet: Foragers de Dunne & Raby à esquerda

 

 

A última secção, Adaptação, pretende abrir uma janela de possibilidades. Miguel Soares mostra-nos em Place in Time a nossa insignificante existência numa linha temporal de eras geológicas. Mas haverá possibilidade de reverter a situação mitigando a catástrofe iminente? São várias as respostas artísticas, Skrei construiram Biogas Power Plant, uma unidade para dotar os ambientes domésticos de autossuficiência energética, como nova forma de vivência quotidiana; Dunne & Raby propõem Designs for an Overpopulated Planet: Foragers um conjunto de objectos que vão permitir transformar a digestão humana, para que possam tirar o máximo partido nutricional da alimentação que lhes é permitida pelo ambiente degradado em que vivem.

 

As respostas são criativas aos diferentes cenários. Cruzam-se culturas underground e de resitência com tecnologia e análise factual permitindo, no conjunto, levantar novas questões e elaborar um conjunto de soluções, mais ou menos especulativas, para um futuro já demasiado próximo. O que foi visto no passado como progresso e avanço, é hoje visto como prejudicial. Após a grande revolução tecnológica, o que se prevê como a nova revolução possível, na lógica da própria sobrevivência do homem é uma revolução ecológica, no pensamento e na acção.

Mais do que propor visões utópicas, soluções concretas e visionárias de problemas, Eco-Visionários posiciona-se como um modo de estar, observar e criticar a realidade e o ambiente.

 

 

Eco-Visionaries: Art, Architecture, and New Media after the Anthropocene, Hatje Cantz, 2018, ISBN 978-3-7757-4453-9
Eco-Visionaries: Art, Architecture, and New Media after the Anthropocene, Hatje Cantz, 2018, ISBN 978-3-7757-4453-9

 

 

De um ponto de vista formal, a exposição tem demasiadas obras para uma leitura atenta de cada e o seu encadeamento no conjunto total. O espaço labiríntico do MAAT não facilita essa leitura nem a percepção da separação entre cada temática.

 

A exposição em Lisboa faz parte de uma colaboração de quatro instituições museológicas internacionais que organizam 4 exposições paralelas. Complementa-se de um livro/catálogo editado pela Hatje Cantz, com diversos textos e ensaios que permitem um desenvolvimento mais aprofundado das problemáticas expostas, cruzando as perspectivas das quatro instituições implicadas. ◊

 

MAAT, Lisboa, Portugal — 10 Abril a 8 Outubro

Bildmuseet, Umeå, Suécia — 15 Junho a 21 Outubro

HeK Basel, Suíça — 30 Agosto a 11 Novembro

LABoral, Gijon, Espanha — 28 Setembro 2018 a 22 Abril 2019

A ambiguidade da fotografia de arquitectura enquanto prática artística

Por Susana Ventura

A exposição Ficção e Fabricação: Fotografia de Arquitectura após a Revolução Digital, actualmente no MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, com a curadoria de Pedro Gadanho e Sérgio Fazenda Rodrigues, apresenta-nos, sobretudo, a compreensão de um conjunto de obras de fotógrafos e artistas visuais seminais (Jeff Wall, Thomas Demand, Andreas Gursky, Thomas Ruff, Wolfgang Tillmans, James Welling, entre outros) pelo olhar da arquitectura, que exerce, na exposição, um discurso unificador das diferenças entre obras,…

A Confiança perdida é difícil de recuperar

Por Nuno Coelho

O J—A convidou Nuno Coelho (www.nunocoelho.net) para nos falar da Saboaria e Perfumaria Confiança em Braga, do processo de compra do edifício da fábrica pelo município em 2011 e do destino, ainda incerto, da sua ocupação na actualidade. Nuno Coelho é Designer de Comunicação e tem dedicado parte da sua investigação à história desta Fábrica. É autor da tese de doutoramento “O Design de Embalagem em Portugal no Século XX – Do Funcional ao Simbólico – O Estudo de Caso da Saboaria e Perfumaria Confiança”…

Habitação Acessível: que estratégia adoptar partindo de outras experiências europeias

Por Ricardo Prata

A adopção de medidas na área da Habitação não reúne consensos nos diferentes quadrantes da sociedade, mesmo considerando-se o direito ao seu usufruto uma base de partida estabilizada com o advento dos regimes democráticos na Europa.

Ivrea e Olivetti

Por João Rocha*

Quando Le Corbusier visitou a cidade de Ivrea em Itália pela segunda vez, em 1936, comentou que a avenida Guglielmo Jervis, via estruturante da cidade, era la strada più bella del mondo. O plano Director da autoria dos arquitectos Luigi Fini e Gino Pollini, acabara de ser publicado na revista Casabella, e Le Corbusier em contacto com Adriano Olivetti, não deixou de expressar o arrojo e visão do desenho e da arquitectura propostas para a nova cidade industrial Olivetti.

Contributo para a discussão pública do PNPOT

Por Tomás Reis

Na Discussão Pública do Programa Nacional de Políticas de Ordenamento do Território (PNPOT), procurei dar o meu contributo. Este programa, além de definir as principais linhas orientadoras do Ordenamento do Território em Portugal durante a próxima década, vai certamente influenciar o Plano Nacional de Investimentos e o próximo Quadro Comunitário de Apoio, Portugal 2030.

Mulheres arquitectas e arquitectura: e se trocássemos umas ideias sobre o assunto?

Por Patrícia Santos Pedrosa

Durante sete meses, de Setembro 2017 a Março 2018, a associação Mulheres na Arquitectura (MA), em conjunto com a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos, organizou o que esperamos que seja o primeiro ciclo, de vários, das Conversas Arquitectas: Modo(s) de (R)exitir. Como era afirmado no texto de apresentação, apesar de as mulheres, em 2017, representarem cerca de 44% de inscrições na Ordem dos Arquitectos não surgem, tanto para o público em geral como entre pares, com uma visibilidade equivalente. O objectivo primeiro do ciclo de…

Sobre Nadir.

Por João Cepeda

À margem do Tâmega plantado, um corpo branco estende-se à beira-rio, na cidade (outrora) romana de Chaves.

Ao longe, um volume de um único piso, em betão branco aparente, repousa subtilmente sobre um conjunto de lâminas que o erguem do chão, refugiando-se das águas que, de quando em vez, ousam inundar a zona ribeirinha.

Somos encaminhados por uma ligeira rampa em granito, à cota alta.

O percurso – que estabelece a transição entre o centro histórico e as margens do rio, enaltecendo-o – faz-se (quase) sempre de olhos postos…

Sobre “o Público”* no Espaço

Por Wim Cuyvers

Pretendemos, continuamente, justapor o espaço público ao espaço privado numa oposição simples: queremos afirmar que o espaço público é o oposto do espaço privado e, de forma decisiva, formular uma definição de espaço público, por um lado, e de espaço privado, por outro. Mas tanto o espaço público puro como o espaço privado puro não existem; não podemos sequer esperar poder imaginar, inventar ou projectar espaço privado ou público puros. O espaço público puro (e, de facto, o espaço…

O Devir-Forma da Matéria

Por Susana Ventura

O livro Architectonica Percepta: Texts and Images 1989-2015, de Paulo Providência com fotografias de Alberto Plácido, foi publicado no final do ano de 2016 pela Park Books, uma editora Suíça dedicada a livros de arquitectura e áreas que lhe são próximas. Providência é arquitecto e Professor de arquitectura na Universidade de Coimbra, cuja obra está profundamente enraizada numa investigação persistente que ultrapassa a rígida nomenclatura da disciplina de arquitectura, procurando incorporar uma reflexão introspectiva a partir…

Street Art, Sweet Art.*

Por Pedro Bandeira

Há dois teóricos que reivindicam para si o mérito da atenção dedicada à relação entre a criatividade e a cidade — o primeiro é Charles Landry, o segundo é Richard Florida. Landry reclama ser o inventor do conceito Creative City uma epifania que teve no final da década de 80 e que, segundo o próprio, concentra-se “no modo como as cidades podem criar condições que permitam às pessoas e às organizações pensar, planear e agir com imaginação resolvendo problemas e desenvolvendo oportunidades”.…

A panificadora de Nadir Afonso

Por Catarina Ribeiro e Vitório Leite

“Aos olhos de um indivíduo, de uma família, ou até de uma dinastia, uma cidade, uma rua, uma casa, parecem inalteráveis, inacessíveis ao tempo, aos acidentes da vida humana, a tal ponto que se julga poder contrapor e opor a fragilidade da nossa condição à invulnerabilidade da pedra.”

Media, metodologia e arquitectura: MEDIATÉKHTON

Por Jorge Duarte de Sá

Os media refletem hoje uma dinâmica indiscutível em muitos campos das competências e das relações humanas, abrangendo aspectos sociais, económicos, culturais e mesmo espirituais, tornando-se assim “extensões” do próprio ser humano (McLuhan, 2008). A Arquitectura revela uma identidade e um pensamento na sua postura formal e temporal face à realidade; esteve desde sempre associada a um paralelismo entre estrutura e conceptualização, estética e extra estética, funcionalismo e ornamento. No entanto,…

Sobre o ensino da Arquitectura e o futuro profissional do Arquitecto

Por José Nuno Beirão

Num tempo em que cerca de quatro em cada mil habitantes em Portugal são arquitectos, para que serve um curso de Arquitectura?

Quais são os outputs profissionais possíveis (e alternativos às saídas convencionais) que o ensino da Arquitectura poderá promover?

Neste artigo argumenta-se que a formação do Arquitecto não serve essencialmente para a tradicional produção da Arquitectura, mas que possui a essência da formação necessária às profissões do futuro (aquelas…

Media & Arquitetura

Por Nelson Augusto

Acentuando a análise numa relação distópica, invoquemos os extremos para uma clara compreensão. A divulgação controlada da obra de Luis Barragán revela a importância desse compromisso. Arquitecto reconhecido pelo seu silêncio eclético tomou a decisão de controlar os moldes em que a projecção da sua obra deveria ser realizada. A delicadeza desta inquietação gerou um enorme interesse, muitas vezes fantasiado, tanto em torno do autor como da sua obra. Num outro espectro, Zaha Hadid encontrou…

Que vai ser de nós?

Por Rui Campos Matos

A grande novidade do incêndio que, este Verão, atingiu a Madeira, não foram os danos causados (em 2012 a devastação também foi grande) mas sim o facto de as chamas terem ameaçado o antigo Funchal de intramuros. Por algumas horas a baixa da cidade viu-se envolvida numa massa irrespirável de fumo que semeou o pânico entre a população.

Reportagem de Resposta Rápida sobre a Trienal de Arquitectura de Oslo

Por Inês Moreira

A Trienal de Arquitectura de Oslo (OAT) inaugurou no início de Setembro trazendo a Oslo uma comunidade internacionalmente mobilizada de profissionais, pensadores e académicos da arquitectura. Tendo vencido a open call curatorial, Luís Alexandre Casanovas Blanco, Ignacio G. Galán, Carlos Mínguez Carrasco, Alejandra Navarrete Llopis e Marina Otero Verzier reúnem na After Belonging Agency para analisar e expor o tema curatorial proposto: After Belonging – the objects, spaces and territories of the ways we stay in transit (Depois da Pertença – os objectos, espaços…

De La Ville à la Villa – Chandigarh Revisited

Por Marta Jecu

As pessoas podem sentar-se de uma forma bela também numa pedra...

Pó, condições climáticas, silêncio e som, ferrugem e ar são para Jonathan Hill ausências de matéria percepcionadas que, no entanto, se constituem fisicamente como arquitectura. No seu fascinante livro Immaterial Architecture representa este modelo de uma arquitectura que nasce do imaterial, contra a casa modernista que considera consistente, autónoma, sem desperdício. Transparência e luz, que personificam o modernismo, são para Hill uma camuflagem…

Uma Anatomia do Livro de Arquitectura

Por Inês Moreira

Uma Anatomia do Livro de Arquitectura é uma nova publicação de André Tavares que traz uma leitura aprofundada ao pensamento, práticas e labores por trás da publicação de livros de arquitectura, desde o período que antecede a invenção da prensa industrial e o efeito massivo da invenção de Johannes Gutenberg, à abordagem moderna à edição na área de arquitectura. Abordar o nascimento e vida da tradição disciplinar da produção de livros de arquitectura é obrigatoriamente…

XXL

Por Pedro Bandeira

Em 2004 fui convidado por Pedro Gadanho e Luís Tavares Pereira a participar na exposição Metaflux: duas gerações na arquitectura portuguesa recente – a representação oficial portuguesa na Bienal de Veneza. Confortavelmente à margem da “geração X” ou “geração Y”, integrei o grupo de artistas e arquitectos (Augusto Alves da Silva, Didier Fiuza Faustino, Nuno Cera + Diogo Seixas Lopes e Rui Toscano), concebendo uma instalação específica para o evento – o “Projecto Romântico”.

Reporting from the Eastern borders

Por Inês Moreira

Respondendo ao tema geral da Bienal de Veneza de Arquitectura – Reporting from the Front – um conjunto interessante de pavilhões de países do (novo) Leste Europeu explora, radicalmente, questões específicas das suas nacionalidades, arquitectura e território dando-lhes visibilidade e, talvez, resolução internacional, enquanto arriscam um novo entendimento e abordagem ao potencial de participação de pequenos países no gigante evento internacional que é Veneza.

Os Vizinhos

Por Alexandra Areia

A Europa – e os tremendos desafios que hoje enfrenta – é um tema que, mesmo indirectamente, está sempre subjacente a Neighbourhood: Where Alvaro meets Aldo, a representação oficial portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza 2016, comissariada por Nuno Grande e Roberto Cresmacoli. A questão da Europa torna-se particularmente evidente em “Vizinhos”, a série de filmes documentais que acompanha a representação, realizada pela jornalista Cândida Pinto...

Arquitectura Re(a)presentada no trabalho de FG+SG

Por Fabrícia Valente

Falar de representação em Arquitectura pode conduzir-nos à leitura dos modelos institucionalizados que periodicamente expõem e debatem os diferentes contextos da disciplina, como são exemplo as grandes bienais internacionais, que dão lugar a espaços expositivos que também lançam a questão de como representar Arquitectura. Não havendo a possibilidade de ler a Arquitectura através da vivência dos espaços construídos é, de facto, a partir de documentos que conhecemos as suas obras.

Arquivo. Arquitectura. Território.

Por Lucinda Fonseca Correia

Decorreram simultaneamente, em Lisboa, as exposições Arquitectura em Concurso: percurso crítico pela Modernidade portuguesa e Inquéritos ao Território: Paisagem e Povoamento. A primeira exposição lança uma grelha de análise diacrónica dos concursos do último século em Portugal, visível na evolução das temáticas propostas: representação, instituição, espaço público, cultura, património, paisagem, lazer,…

Redacção de Crónicas para o J—A

Crónicas é o espaço em que o J—A publica breves opiniões e reflexões críticas sobre temas actuais relacionados com a arquitectura a sua relação alargada com a sociedade. Seleccionaremos contributos entre as 500/800 palavras que podem ser ilustrados. Se pretender contribuir para esta secção, envie-nos uma breve proposta do tema a abordar para ja@ordemdosarquitectos.pt