NARRATIVA VISUAL

AsSALTO

Desenho e Escrita em espaços anónimos do Porto

Por Carlos Machado e Moura

AsSALTO é uma actividade de Desenho e Escrita que decorre em espaços anónimos da cidade do Porto na iminência de serem transformados. A iniciativa destina-se ao público em geral, convidado a visitar espaços privados que são abertos durante algumas horas, e sobre eles fazer um registo escrito ou desenhado.

 

 

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AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto
AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto
AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto
AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto
AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto
AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto
AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto
AsSALTO 1: edifício de habitação e escritórios, década de 1940, Rua de Sá da Bandeira, Porto

 

 

Actividade-satélite do projecto de investigação «A Colecção de Desenhos . Escola de Arquitectura do Porto», do Centro de Estudos em Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (CEAU-FAUP), e com organização de Noémia Herdade Gomes, Rui Neto e Carlos Machado e Moura, o AsSALTO tem dois objectivos fundamentais. Por um lado, o de promover o desenho e a escrita como formas de registo e de observação com tempo, em contraponto à hegemonia da fotografia, muitas vezes produzida de forma quase instantânea à velocidade das redes sociais. Por outro, o de sensibilizar o público para os elementos com valor patrimonial que têm sido obliterados na sequência da incúria e abandono a que são votados ou no decurso das massificadas operações de reabilitação que têm decorrido nos centros das nossas cidades.

 

 

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AsSALTO 2: consultório de oftalmologia, 1927, Porto
AsSALTO 2: consultório de oftalmologia, 1927, Porto
AsSALTO 2: consultório de oftalmologia, 1927, Porto
AsSALTO 2: consultório de oftalmologia, 1927, Porto
AsSALTO 2: consultório de oftalmologia, 1927, Porto
AsSALTO 2: consultório de oftalmologia, 1927, Porto
AsSALTO 2: consultório de oftalmologia, 1927, Porto

 

 

O Desenho e a Escrita são assim encarados como ferramentas intrusivas para refletir, interpretar, valorizar e dar a conhecer. Procuram gerar-se narrativas contraditórias, discussões desenhadas, levantar questões e activar novos entendimentos de cidade, dos seus espaços e dos seus imaginários. Apesar de ser promovida por uma Faculdade de Arquitectura, a iniciativa não tem o objectivo de divulgar ou mediatizar as intervenções de arquitectos que possam estar previstas para cada edifício ou espaço. Nem tampouco o de desempenhar um papel crítico ou moralizador quanto a estas transformações. Pelo contrário, procura-se que, através de uma visita in loco e uma observação atenta a estes espaços anónimos, cada visitante possa formar um juízo próprio sobre o valor de cada espaço e cada elemento, sem aderir de forma acrítica ao aceso debate sobre intervenção em património que tem vindo a público nos últimos tempos.

 

 

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AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto
AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto
AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto
AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto
AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto
AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto
AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto
AsSALTO 3: casa burguesa da Rua de Cedofeita, 1910, Porto

 

 

O primeiro AsSALTO decorreu num edifício de habitação e escritórios na Rua de Sá da Bandeira da década de 1940, o segundo num consultório de oftalmologia de 1927, o terceiro numa casa burguesa da Rua de Cedofeita de 1910 e o quarto nos Armazéns Cunhas. O primeiro e o terceiro espaços estão neste momento a ser alvo de intervenções de reabilitação e transformação em apartamentos, o consultório foi entretanto desmantelado e o seu equipamento vendido. Os armazéns mantêm-se em funções na Praça dos Leões. Os registos produzidos pelos visitantes são divulgados no site da iniciativa em assalto.pt, bem como na secção P3 do jornal Público e posteriormente compilados em livro, juntamente com documentação histórica sobre cada espaço “assaltado”. Em breve serão divulgados novos AsSALTOs. Até lá, poderá espreitar alguns dos registos das iniciativas anteriores. ◊

 

 

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AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto
AsSALTO 4: Armazéns Cunhas, Porto